No Dia Mundial de Combate à Raiva, Dive reforça importância do controle da doença em Santa Catarina

Santa Catarina é considerada área controlada para raiva animal no ciclo urbano. Os últimos casos – dois cães e um gato – foram registrados em 2006 nos municípios de Xanxerê e Itajaí. Porém, no ciclo silvestre, que ocorre principalmente entre morcegos, macacos e raposas, a doença ainda é uma preocupação. Por isso, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) reforça a importância da manutenção das ações de prevenção e controle da doença no Estado, especialmente no Dia Mundial de Combate à Raiva, lembrado nesta segunda-feira, 28.

O Brasil é considerado exemplo no combate eficaz da raiva animal em todo mundo, segundo o Ministério da Saúde. Desde 1973, com a criação do Programa Nacional de Prevenção da Raiva, houve uma redução de 90% nos casos de raiva canina. “As vigilâncias epidemiológicas municipais devem ter atenção redobrada em razão dos casos de raiva em bovinos (19 até o momento) registrados no Estado e das quatro recentes epizootias de morcegos positivos para raiva, dentro da área urbana dos municípios de Brusque (1), Joinville (2) e Campo Erê (1)”, informa Ivânia da Costa Folster, responsável pela área técnica na Gerência de Vigilância de Zoonoses, onde está o Programa de Controle da Raiva.

A raiva é uma doença transmissível que atinge mamíferos como cães, gatos, bois, cavalos, macacos, morcegos e também o homem, quando a saliva do animal infectado entra em contato com a pele ou mucosa por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal. O vírus ataca o sistema nervoso central, levando à morte após pouco tempo de evolução. A raiva não tem cura estabelecida (há apenas três casos de cura conhecidos no mundo, um deles no Brasil) e a única forma de prevenção é por meio da vacina.